Deu na revista IstoÉ...
Todo ministro que assume uma vaga na Esplanada passa por uma espécie de
sabatina desde a primeira reunião com a presença da presidenta Dilma
Rousseff. Os auxiliares sabem: a chefe é durona e não gosta de
papo-furado. Para ter certeza de que os ministros estão se dedicando à
gestão das pastas, Dilma costuma submeter seus escolhidos a testes, como
se aplicasse uma prova escolar. Muitas vezes na frente dos colegas. Se o
ministro responde e demonstra domínio do assunto, ganha salvo-conduto
até o surgimento de outra dúvida sobre a administração da pasta.
Mas
se vacila, gagueja e não demonstra segurança sobre as informações de
seu ministério, passa a ser cobrado cada vez com mais rigor. Há casos
até de ameaças de demissão. Ciente disso, nos últimos dois anos, alguns
ministros passaram a se esforçar mais para evitar broncas. Fazem serão e
trabalham até nos fins de semana, ralando para permanecer no cargo. É o
caso principalmente do ministro da Previdência, Garibaldi Alves. Depois
de ser alvo de uma série de esculachos públicos, ele iniciou um
supletivo para conseguir gabaritar as provas da presidenta.