Mas o retraimento é fundamental. Aprendi com a lua, mais do que se
aprende com o Eclesiastes: há dias de minguar, dias de habitar-se. São
dias solenes, dias de ritual e névoa.
Dias que se fixam na gente por um
tempo. Esses dias, a gente reconhece desde cedo: a gente se reconhece
neles, nós, os retraídos. Esses são dias plenos de descobertas. O
retraimento é bom para isto: descobrir. Essa é uma palavra de nobreza.
Por Carmem Vasconcelos