Papa Francisco |
O papa Francisco defendeu a
reforma da Igreja Católica e a inclusão de iniciativas que diminuam a riqueza e
a hierarquia do Vaticano, em sua primeira exortação apostólica, divulgada nesta
terça-feira pelo Vaticano. No texto, o pontífice ainda defende a posição contra
o aborto e critica a "tirania" do capitalismo.
Francisco convidou o clero a
fazer uma reforma profunda das instituições eclesiásticas, de modo que a Igreja
"se torne mais fiel ao sentido que Jesus Cristo quis dar-lhe e às
necessidades atuais da evangelização". Ele disse estar aberto a sugestões
de reforma para o que chamou de "conversão pastoral".
"Prefiro uma Igreja Católica
arranhada, ferida e suja porque veio das ruas que uma instituição doente por
estar confinada e agarrada à sua própria segurança", disse, criticando
ainda a insistência de sacerdotes em expor as doutrinas e a centralização do
Vaticano que, para ele, atrapalha o trabalho missionário.
Francisco defendeu as reformas
como uma forma de aumentar a ação eclesiástica para diminuir a exclusão social
e a desigualdade. Para o pontífice, ambas situações geram violência no mundo e
podem provocar uma explosão.
"Até que não se revertam a
exclusão e a iniquidade dentro de uma sociedade e entre os distintos povos será
impossível erradicar a violência".