terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Onda de insegurança pública volta a preocupar moradores e turismo de São Miguel do Gostoso

Depois de um período mais tranquilo, a segurança pública voltou a preocupar a população e o segmento de turismo de São Miguel do Gostoso. Nas últimas semanas, uma série de roubos a casas e pousadas tem assustado muito a cidade.
Está acontecendo na cidade aquilo que ocorre em todo o centro que se desenvolve. O aumento da criminalidade é como se fosse proporcional ao crescimento da cidade. No caso de São Miguel do Gostoso, a presença de turistas também atrai criminosos. Isso é comum em áreas de demandas turísticas, mas precisa ser combatido.
Nos últimos dias, estas ocorrências de violência têm aumentado. O caso mais grave ocorreu no dia 26 de novembro, quando o combate a um roubo ocorrido na cidade acabou na morte de um outro suspeito, em Lagoa do Sal, distrito de Touros.
O fato começou com o roubo a um morador de São Miguel do Gostoso. Este morador pegou uma terceira pessoa e saiu em busca do ladrão. Quando os dois grupos se encontraram, houve tiroteio e morreu o rapaz que acompanhava a vitima do roubo.
O assassino foi preso em sua casa, em São Miguel do Gostoso. Segundo a polícia, havia dinheiro e outros objetos que haviam sido roubados. O rapaz que morreu estava armado. A polícia investiga seu envolvimento em outras atividades criminosas.
Faz tempo que a comunidade de São Miguel do Gostoso vem se organizando para enfrentar esta onda de crimes. A AEGostoso, que reúne os empreendedores locais, criou uma comissão para discutir alternativas para enfrentar a insegurança pública.
Houve reuniões com as autoridades estaduais de segurança pública e os empresários locais ajudaram a recuperar uma viatura policial que estava parada. Mas o problema crônico é a falta de policiamento e a incapacidade policiai de investigar crimes.
Segundo o sargento responsável pelo policiamento, existem em média dois soldados para policiar a cidade, diariamente. Havia nove policiais no destacamento local, mas dois estão de licença médica. Com as folgas, sobram poucos para vigiar as ruas.
Além de amedrontar a população local, a onda de crimes na cidade é uma grande ameaça ao turismo local. Se isso não for combatido, o promissor turismo de São Miguel do Gostoso corre o risco de levar a atividade turística ao colapso.
Imaginem agora São Miguel do Gostoso sem turismo. Se isso ocorresse, deixariam de ser gerados milhares de empregos e a economia enfrentaria grande crise. Por este motivo, é urgente a adoção de medidas para combater a insegurança na cidade.
Na última semana, a comissão de segurança se reuniu com o responsável pelo policiamento. Decidiu-se procurar novamente as autoridades estaduais de Segurança para pedir ajuda. Também deve ser recuperado mais um veículo do policiamento.
A prefeita eleita, Fátima Dantas, diz que a segurança pública é uma de suas prioridades. Embora a segurança seja de responsabilidade do governo estadual, Fátima promete ampliar esforços para a cidade ter menos ocorrências policiais.
Uma das idéias de Fátima é criar uma espécie de patrulhamento motorizado. Vigilantes percorreriam os principais pontos da cidade, de moto, especialmente à noite, para conter a onda de criminalidade. Outras idéias podem ser adotadas.
Uma delas é a instalação de câmeras pela cidade, registrando atividades suspeitas e ocorrências. No futuro, as imagens destas câmeras poderiam ser interligadas com as câmeras que já existem em pousadas e residências. Mas este é um projeto caro.
Qualquer que seja a iniciativa da nova prefeita, o problema com a segurança da cidade só será resolvido quando todos – população, comerciantes, pousadeiros e donos de bares e restaurantes – se unirem para enfrentar este terrível problema.
Este blog já afirmou, em outros posts, que a questão da insegurança é um monstro que precisa ser combatido com eficiência, por toda a comunidade. Se isso não for feito, o monstro cresce e engole a todos – e aí o futuro estará comprometido.
Chegou a hora de toda a cidade se organizar para enfrentar o monstro da insegurança pública. Entre nesta luta.
Por Emanuel Neri