terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os muito exibidos que me desculpem

Mas o retraimento é fundamental. Aprendi com a lua, mais do que se aprende com o Eclesiastes: há dias de minguar, dias de habitar-se. São dias solenes, dias de ritual e névoa. 

Dias que se fixam na gente por um tempo. Esses dias, a gente reconhece desde cedo: a gente se reconhece neles, nós, os retraídos. Esses são dias plenos de descobertas. O retraimento é bom para isto: descobrir. Essa é uma palavra de nobreza.
Por Carmem Vasconcelos